Horas após aprovação
do Parlamento, Reino Unido inicia bombardeios na Síria contra EI
Redação |
São Paulo - 03/12/2015 - 11h30
Caças acertaram campos de petróleo no leste sírio;
Reino Unido também pretende dobrar o número de aeronaves enviadas para atacar o
grupo extremista
Horas após aprovação do Parlamento,
o Reino Unido deu início aos ataques aéreos nesta quinta-feira (03/12) contra
o EI (Estado islâmico) na Síria, em atuação junto à coalizão internacional liderada
pelos EUA contra o grupo jihadista no país.
Segundo o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, quatro caças acertaram campos de petróleo no leste da nação de Bashar al-Assad. Ele classificou a missão como "bem-sucedida".
Segundo o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, quatro caças acertaram campos de petróleo no leste da nação de Bashar al-Assad. Ele classificou a missão como "bem-sucedida".
Agência Efe
Os caças britânicos
atingiram campos de petróleo, disse o ministro da Defesa do Reino Unido
Já em atuação no Iraque, o Reino Unido pretende dobrar o número de aeronaves enviadas para atacar alvos do EI também na Síria. Os oito caças a mais ficarão no Chipre, onde os britânicos possuem base aérea.
O Parlamento aprovou na noite de quarta-feira (02/12) a proposta do primeiro-ministro inglês, David Cameron, de se juntar à coalizão de combate aos jihadistas, da qual já fazem parte os EUA e a França. Foram 397 votos a favor e 223 contra.
Na ocasião, Cameron comemorou a decisão dos deputados britânicos, alegando que a ação contra “os monstros medievais” do EI é "legítima" e que irá “manter nosso país seguro”.
Reino Unido: líder trabalhista diz que ser contra bombardeio
na Síria 'não é pacifismo, é bom senso'
Contudo, a oposição aos conservadores britânicos,
representada pelo líder trabalhista, Jeremy Corbyn, criticou a ação militar.
Para ele, ser contra o bombardeio do Reino Unido na Síria não é "pacifismo", mas
"bom senso".
“Não há dúvidas que o autodenominado Estado Islâmico impôs um reinado de sectarismo e terror desumano no Iraque, na Síria e na Líbia. E não há dúvidas que ele apresenta uma ameaça ao nosso próprio povo. Mas a questão agora é saber se estendendo os bombardeios britânicos do Iraque para a Síria irá reduzir ou aumentar a ameaça ao Reino Unido – e se isso irá espalhar a campanha do terror pelo Oriente Médio”, disse o líder da oposição.
“Não há dúvidas que o autodenominado Estado Islâmico impôs um reinado de sectarismo e terror desumano no Iraque, na Síria e na Líbia. E não há dúvidas que ele apresenta uma ameaça ao nosso próprio povo. Mas a questão agora é saber se estendendo os bombardeios britânicos do Iraque para a Síria irá reduzir ou aumentar a ameaça ao Reino Unido – e se isso irá espalhar a campanha do terror pelo Oriente Médio”, disse o líder da oposição.
AgênciaEfe
Ingleses
protestaram na noite de ontem frente à Câmara dos Comuns contra os ataques
aéreos na Síria,
Por sua vez, o presidente dos EUA, Barack Obama, também comemorou a decisão do
Parlamento britânico. “Dou as boas-vindas à votação do Reino Unido para se unir
aos parceiros da coalizão e bombardear alvos do EI na Síria. A relação especial
entre EUA e Reino Unido se baseia em nossos valores compartilhados e o
compromisso mútuo com a paz, a prosperidade e a segurança”, disse o chefe de
Estado norte-americano em comunicado.
A Alemanha também pretende se juntar à coalizão. Na terça-feira (01/12), o Conselho de Ministros anunciou que enviaria mais 1,2 mil militares para lutar contra os jihadistas, além de mais aviões de reconhecimento e abastecimento. A medida, contudo, requer aprovação do Parlamento alemão, que deverá votar nos próximos dias.
A Alemanha também pretende se juntar à coalizão. Na terça-feira (01/12), o Conselho de Ministros anunciou que enviaria mais 1,2 mil militares para lutar contra os jihadistas, além de mais aviões de reconhecimento e abastecimento. A medida, contudo, requer aprovação do Parlamento alemão, que deverá votar nos próximos dias.
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