Negociadores
de China e EUA retomam conversas, diz comunicado
Eles tentam
resolver disputa comercial
Publicado em 10/07/2019 - 07:54
Por Andrea Shalal
e Chris Prentice, da Reuters Wasshington
Negociadores
da China e dos Estados Unidos conversaram ontem (9) por telefone, dando
continuidade às tratativas para encerrar uma batalha comercial entre as duas
maiores economias do mundo, que tem afetado as linhas de produção e os mercados
financeiros mundiais.
Robert
Lighthizer, representante de comércio norte-americano, e o secretário do
Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, conversaram com o vice-premiê chinês, Liu He,
e o ministro Zhong Shan, levando adiante as negociações para resolver as
disputas comerciais remanescentes entre os países, disse uma autoridade dos EUA
em comunicado.
"Ambos
os lados vão continuar essas conversas conforme apropriado", disse a
autoridade no email, sem dar mais detalhes sobre o que foi discutido ou sobre
os próximos passos nas negociações.
Os
negociadores retomaram os trabalhos após um hiato de dois meses e depois de um
ano desde que os dois países entraram em uma batalha de tarifas. Washington
quer que Pequim tome providências a respeito do que alega serem décadas de
práticas comerciais ilegais.
No mês
passado, Washington e China concordaram, durante a cúpula do G20 no Japão, em
retomar as tratativas, aliviando os temores de uma escalada na situação.
Após se
reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, na ocasião, o presidente dos EUA,
Donald Trump, concordou em suspender uma nova rodada de imposição de tarifas no
valor de US$ 300 bilhões sobre bens de consumo chineses, enquanto os dois lados
voltam a travar negociações.
Trump
disse então que a China retomaria as aquisições em larga escala de commodities
agrícolas norte-americanas, enquanto os EUA relaxariam as restrições aos
equipamentos de telecomunicações da gigante de tecnologia chinesa Huawei.
Mais
cedo, o assessor econômico da Casa Branca Larry Kudlow disse que a China deve
avançar rapidamente nas compras de produtos agrícolas dos EUA. Ele acrescentou
que o relaxamento nas restrições do governo norte-americano sobre a Huawei vai
ajudar a empresa, mas que a medida seria temporária.
Edição: José Romildo
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