Dívida
pública cai 0,15% e atinge R$ 3,779 trilhões
Publicado
em 26/10/2018 - 13:40
Por Andreia
Verdélio – Repórter da Agência Brasil Brasília
A Dívida Pública Federal (DPF),
que inclui o endividamento interno e externo do Brasil, teve queda de 0,16% e
passou de R$ 3,785 trilhões em agosto para R$ 3,779 trilhões em setembro,
segundo dados divulgados hoje (26), em Brasília, pela Secretaria do Tesouro
Nacional, do Ministério da Fazenda.
A redução da dívida ocorreu por
conta do resgate líquido de títulos, que somou R$ 26,73 bilhões, descontado
parcialmente pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 20,55 bilhões.
Dívida Pública Federal teve queda de 0,16% e passou de R$ 3,785 trilhões
em agosto para R$ 3,779 trilhões em setembro (Arquivo/Agência
Brasil)
Segundo a Receita, a apropriação
de juros representa o reconhecimento gradual das taxas que corrigem os juros da
dívida pública. As taxas são incorporadas mês a mês ao estoque da dívida,
conforme o indexador de cada papel.
Por meio da dívida pública, o
governo pega recursos emprestados dos investidores para honrar compromissos. Em
troca, ele se compromete a devolver o dinheiro com alguma correção, que pode
ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a
variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.
A Dívida Pública Mobiliária
Federal interna (DPMFi) – em circulação no mercado nacional, que é a parte da
dívida pública que pode ser paga em reais – teve o estoque reduzido em 0,07% em
setembro, ao passar de R$ 3,630 trilhões para R$ 3,628 trilhões, devido ao
resgate líquido de R$ 26,77 bilhões, compensado, em parte, pela apropriação
positiva de juros, no valor de R$ 24,22 bilhões.
Emissão de títulos
Do total de R$ 57,38 bilhões de
emissões de títulos da DPMFi em setembro, foram emitidos R$ 55,50 bilhões nos
leilões tradicionais; R$ 1,76 bilhão relativo às vendas de títulos do Tesouro
Direto e R$ 125,43 milhões referentes a emissões diretas.
Com relação ao estoque da Dívida
Pública Federal externa (DPFe), captada do mercado internacional, também houve
redução dede 2,34% sobre o estoque apurado em agosto, encerrando setembro em R$
151,12 bilhões (US$ 37,74 bilhões), sendo R$ 136,71 bilhões (US$ 34,14 bilhões)
relativos à dívida mobiliária e R$ 14,42 bilhões (US$ 3,60 bilhões), à dívida
contratual.
No mês de setembro, os ingressos
de recursos da dívida contratual à DPFe totalizaram R$ 255,13 milhões.
A DPF voltou a ficar abaixo das
previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, divulgado
em janeiro, a tendência é que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 3,780
trilhões e R$ 3,980 trilhões.
Detentores da dívida
A variação do endividamento do
Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela
internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta.
Além disso, pode ocorrer
assinatura de contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição
ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma
determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo
resgate de títulos.
Em setembro, os maiores
detentores da dívida pública eram os Fundos de Investimento, com 26,14% da
dívida, alcançando R$ 948,53 bilhões.
O grupo Previdência ficou em
segundo lugar, com uma participação relativa de 25,35% e variação positiva em
seu estoque, passando de R$ 911,87 bilhões para R$ 919,90 bilhões, entre agosto
e setembro.
Em seguida, estão as instituições
financeiras com 22,79%, grupo que reduziu o estoque em R$ 3,96 bilhões,
chegando a R$ 826,87 bilhões.
Os investidores estrangeiros
também apresentaram queda de R$ 9,21 bilhões em seu estoque e concentraram
11,67% da dívida. Já o governo possui 4,20% da dívida pública; as seguradoras,
3,99%; e outros, 5,86%.
Edição: Kleber
Sampaio
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