Trump
confirma ida de representante da Coreia do Norte aos EUA
O norte-coreano Kim Yong Chol discute em Nova York
a cúpula do dia 12
Publicado
em 29/05/2018 - 09:14
Por Leandra
Felipe - Repórter da Agência Brasil Atlanta (EUA)
O presidente norte-americano, Donald Trump,
confirmou na manhã de hoje (29) que, Kim Yong Chol, o segundo nome no comando
da Coreia do Norte, terá reuniões em Nova York. É a autoridade mais importante
do governo norte-coreano a visitar os Estados Unidos em quase 18 anos. Ele é
considerado o braço direito do líder norte-coreano.
"Reuniremos uma grande equipe para nossas
conversas com a Coréia do Norte, para reuniões sobre a cúpula e muito
mais", escreveu no Twitter. De acordo com a agência EFE, Kim Yong Chol tem
voo reservado para amanhã (30) com destino a Nova York.
Trump atribuiu a vinda do norte-coreano ao país, à
carta enviada na semana passada o presidente Kim Jong-Un. No texto, o
presidente americano cancelava a reunião prevista para junho. "Resposta
sólida à minha carta, obrigado", comentou na rede social. O presidente não
deixou claro, o horário da reunião, nem detalhes do encontro.
O número 2 do regime norte-coreano participará de
uma reunião preparatória para a cúpula entre Trump e Kim Jong-un no próximo dia
12 de junho, em Cingapura. No Twitter, o presidente americano também se referiu
a Kim Yong-Chol como “vice-presidente norte-coreano", ao dizer que ele
estava a caminho de Nova York.
Kim Yong-Chol é a autoridade mais importante a
visitar os Estados Unidos desde 2000, quando o vice-marechal Jo Myong Rok foi a
Washington para se encontrar com o ex-presidente americano Bill Clinton em
outubro daquele ano. Na época, a reunião serviu de preparação para a visita da
então secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, à Coreia do Norte.
Cúpula
mantida
A viagem de Kim Yong Chol ocorre no momento em
quando os Estados Unidos e a Coreia do Norte tentam manter a cúpula do dia 12
de junho. As negociações quase foram desfeitas semana passada.
O presidente dos Estados Unidos, Trump, cancelou o encontro no dia 24, após comentários de alto funcionário da chancelaria norte-coreana que chamou o vice-presidente Mike Pence de "manequim político".
As dificuldades no diálogo surgiram depois de
testes militares feitos pela Coreia do Sul e Estados Unidos no começo deste mês
e de comentários do Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Trump, John
Bolton, de que o governo americano estaria olhando para a Líbia
como um possível exemplo para a Coreia do Norte. Os comentários de Bolton
deixaram em alerta a alta cúpula norte-coreana, de que os Estados Unidos
poderiam ter o objetivo de dar a Kim Jong-un o mesmo destino do ditador da
Líbia, Muammar Khadafi – capturado e morto em 2011, por rebeldes com apoio da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Khadafi foi morto oito anos
depois de ter feito, em 2003, um acordo para desistir de seu programa nuclear.
Na época, as sanções impostas pelos Estados Unidos à Líbia foram suspensas, e
as relações entre os dois países foram retomadas.
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Edição: Talita
Cavalcante
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