Às
vésperas do G7, Trump responde a críticas de chefes de Estado
Mensagens foram postadas no Twitter
Publicado
em 08/06/2018 - 00:01
Por Leandra
Felipe – Repórter da Agência Brasil Atlanta (EUA)
Horas antes do início da reunião
do G7 (grupo dos sete países com as economias mais avançadas do mundo), em
Quebec (Canadá), o presidente Donald Trump devolveu no Twitter as
críticas do anfitrião do encontro, o primeiro-ministro canadense, Justin
Trudeau, e do presidente da França, Emanuel Macron, que disseram em uma
coletiva em Montreal que uma discussão sobre retaliações sobre a política
tarifária de importações sobre o aço e o alumínio adotada por Washington deve
ser realizada.
Trump dirigiu-se diretamente aos
dois líderes em uma postagem no Twitter hoje (7). "Por favor, diga ao
primeiro-ministro Trudeau e ao presidente Macron que eles estão cobrando as
tarifas massivas dos EUA e criando barreiras não monetárias. O superávit
comercial da União Europeia com os EUA é de US $ 151 bilhões e o Canadá mantém
nossos agricultores e outros. Esperamos vê-los amanhã".
Mais cedo, Macron também usou o
Twitter para dizer que o presidente Trump parecia não se importar com o
isolamento. "O presidente americano pode não se importar em ficar isolado,
mas também não nos importamos em assinar um acordo de seis países. Como esses
seis países representam valores, eles representam um mercado econômico que tem
o peso da história e que é agora uma verdadeira força internacional ".
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
participa do G7 às vésperas de sua viagem para a Coréia do Norte - Agência
Reuters
Em outra postagem, Trump chamou o
primeiro-ministro canadense de "indignado" ao opinar sobre
comentários de Trudeau durante uma coletiva, hoje em Montreal, ao lado do
presidente Macron, após uma reunião bilateral entre França e Canadá.
"O primeiro-ministro Trudeau
está sendo tão indignado, trazendo à tona o relacionamento que os EUA e o
Canadá tiveram ao longo dos muitos anos e todo tipo de outras coisas",
ironizou. E depois atacou: "Mas ele [Trudeau] não menciona o fato de que
eles nos cobram até 300% em laticínios - ferindo nossos agricultores, matando
nossa agricultura!".
Ruptura
Antes mesmo do início da cúpula,
o grupo dá sinais de desgaste e do isolamento dos Estados Unidos. O presidente
francês, Emmanuel Macron, também anunciou mais cedo em Montreal uma reunião com
os chefes de governo alemão, britânico e italiano, além de autoridades da União
Europeia.
Na coletiva ao lado de Trudeau,
Macron afirmou que a cúpula "pelo menos reforçará os acordos entre os
seis", referindo-se aos quatro países europeus, ao Canadá e ao Japão. Ele
disse que o G7 é uma oportunidade para se unirem e terem discussões francas,
abertas, entre nações que são aliadas e amigas há muito tempo.
"Haverá temas nos quais o
presidente dos Estados Unidos não estará totalmente em sintonia com os outros.
Penso, claro, nas mudanças climáticas e no comércio", disse.
A cúpula em Quebec é o 44º
encontro entre os integrantes do chamado Grupo dos Sete ou G7, formado por
Canadá , França , Alemanha , Itália , Japão , Reino Unido e Estados Unidos. O
encontro vai desta sexta-feira (7) até sábado (8).
Trump participará da cúpula pouco
antes de embarcar para o esperado encontro histórico entre ele e o líder
norte-coreano Kim Jong Un em Singapura, previsto para o dia 12 de junho.
Além da presença dos líderes dos
países, o secretário-geral das Nações Unidas, ONU, o português António
Guterres, confirmou presença na cúpula neste sábado (8) para participar da
Cúpula e fazer contatos bilaterais, segundo um comunicado oficial do
organismo.
Edição: Fábio
Massalli
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